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“Rotas do Norte” dão novo impulso ao património cultural e turístico da Região Norte

Um ano após o lançamento do modelo estratégico das “Rotas do Norte”, a CCDR NORTE e a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) apresentaram, esta quinta-feira, 23 de outubro, em Vila Nova de Famalicão, o balanço deste projeto inovador e estruturante que visa valorizar o património cultural, artístico e arquitetónico contemporâneo da Região Norte.

 A sessão decorreu na sequência da reunião de trabalho das entidades co-gestoras das “Rotas do Norte”, e contou com a presença do Vice-Presidente da CCDR NORTE, Jorge Sobrado, e do Presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, que partilharam os principais resultados e perspetivas futuras do projeto.

 “O objetivo das rotas do Norte é duplo: fazer do Norte um grande destino europeu de turismo cultural e fomentar a coesão territorial, por via da reabilitação e animação do nosso património cultural, arte e arquitetura contemporânea”, salientou Jorge Sobrado.

 “O património e a arte são o valor mais bem distribuído do Norte e têm o poder de tornar central e atrativo o que na geografia parece periférico. O projeto gerou uma dinâmica de adesão muito grande com o pedido voluntário de 400 bens culturais e sítios às rotas, com quase 300 já integrados nos roteiros. Este é um sinal claro do envolvimento das instituições e da força do setor cultural da Região Norte”, acrescentou o Vice-Presidente.

 O primeiro ciclo de candidaturas registou uma forte adesão de entidades regionais, tendo sido aprovadas 36 candidaturas, correspondentes a um investimento global elegível de 60,3 milhões de euros, dos quais 30,2 milhões de euros são financiados por fundos comunitários.

“Foi estabelecido um modelo de gestão colaborativo e participado, envolvendo instituições como a Fundação de Serralves, a Casa da Arquitetura e a Fundação Cupertino de Miranda, entre outras”, sublinhou ainda Jorge Sobrado.

As intervenções aprovadas abrangem todas as sub-regiões NUTS III do Norte, distribuindo-se por 14 rotas temáticas que refletem a riqueza e diversidade cultural do território: “Talhas, Azulejos e Frescos a Norte”, “Mosteiros a Norte”, “Caminhos de Santiago a Norte”, “Barroco a Norte”, “Órgãos a Norte”, “Arte e Arquitetura Contemporânea a Norte”, “Castelos e Fortalezas a Norte”, “Escritores a Norte”, “Santuários a Norte”, “Património Imaterial a Norte”, “Românico a Norte”, “Jardins Históricos a Norte”, “Romano a Norte” e “Catedrais a Norte”.

Entre os projetos com maior destaque encontram-se o reforço da Rota “Escritores a Norte”, com oito iniciativas dedicadas a autores como Camilo Castelo Branco, Amadeu Ferreira, Guerra Junqueiro e Daniel Faria, e a Rota dos Órgãos a Norte, centrada na valorização do património musical e arquitetónico.

O próximo passo será a implementação do modelo de co-gestão das Rotas do Norte, com o lançamento, até ao final de novembro, de um novo aviso de financiamento no valor de 1 milhão de euros, prevendo um teto máximo de 200 mil euros por candidatura. As candidaturas deverão ser apresentadas por entidades protocoladas com a CCDR NORTE e a TPNP.

“O nosso objetivo é que todas as rotas estejam operacionais e em promoção turística dentro de um ano, com ações de capacitação, produção audiovisual e viagens de benchmarking”, afirmou Luís Pedro Martins, presidente da TPNP.

“Queremos oferecer uma experiência turística integrada que una património, natureza, arquitetura contemporânea, gastronomia e cultura local.”

As Rotas do Norte constituem um modelo colaborativo de valorização e gestão do património cultural e turístico da Região, promovido pela CCDR NORTE e pela TPNP, com o apoio do Programa Regional NORTE 2030.

Esta iniciativa visa transformar o vasto património material e imaterial do Norte num fator de coesão, competitividade e identidade regional, projetando-o no contexto nacional e europeu.