Explore os projetos

A Figueiredo, Correia & Monteiro, Lda. (doravante designada pela sua marca comercial “Imprensa do Douro”) foi constituída em 1935 no Peso da Régua (na região do Alto Douro) e exerce a sua atividade no setor das Artes Gráficas desde então, dedicando-se ao segmento das indústrias criativas, onde desenvolve essencialmente atividades de indústria tipográfica que incluem a pré-impressão, a impressão digital, a impressão offset e acabamentos. Entre os vários produtos fabricados pela empresa destacam-se: • Rótulos, etiquetas e embalagens – com especial foco no setor agroalimentar, no qual é responsável pela produção de rótulos para vinhos, azeites, enchidos, compotas, mel e queijos; • Impressos comerciais variados – impressão de pequenos formatos, como envelopes, cartões, folhas timbradas, livros comerciais ou flyers; • Impressos institucionais – tais como jornais, revistas ou boletins informativos; • Imprensa – área que inclui a impressão de jornais em offset, revistas e a publicação de livros. Ao longo dos últimos anos, apesar deste histórico de todo o tipo de impressões, a Imprensa do Douro tem-se especializado no âmbito dos rótulos e das etiquetas, fornecendo maioritariamente empresas do setor vinícola e também com alguma relevância no setor dos enchidos e dos queijos. Esta especialização deve-se, em larga medida, à crescente digitalização da informação, que resultou numa menor procura por soluções de impressão tradicionais, motivando a adaptação da empresa para uma nova realidade e para a identificação de novas oportunidades de negócio. Ora, a localização da Imprensa do Douro numa região de reconhecida importância para a indústria agroalimentar foi, deste modo, um fator preponderante para a aposta nesse ramo de atividade. A empresa opera numa lógica B2B, desenvolvendo e produzindo rótulos/etiquetas para clientes da indústria agroalimentar, que posteriormente os integram nas suas linhas de embalamento. A Imprensa do Douro é assim uma referência regional ao nível da produção de etiquetas e rótulos, situando-se os seus concorrentes mais diretos nas regiões da Área Metropolitana do Porto e do Ave. Procurando utilizar, de forma continua, as mais atuais técnicas de produção tipográfica, ao longo dos anos, a empresa tem investido no seu layout produtivo, com a aquisição de equipamento rotulagem, bobinadores, máquinas de estampagem, de serigrafia, entre outras, com vista a obter uma maior capacidade de resposta às crescentes solicitações do mercado. Não obstante, a empresa considera que a sua capacidade de resposta atual é insuficiente face ao potencial do mercado onde se insere, uma vez que o paradigma desta indústria exige padrões de qualidade e acabamento superiores, uma maior flexibilidade produtiva e uma redução dos desperdícios gerados pela sua produção. Para além disso, trabalhando diretamente com clientes da indústria agroalimentar, importa reforçar o seu parque industrial com equipamentos que tenham em linha de conta as exigentes normas e orientações de segurança alimentar relacionadas com a rotulagem e embalamento dos produtos. Por outro lado, a Imprensa do Douro beneficia de uma posição prestigiosa no mercado, uma vez que possui a experiência e o reconhecimento do mercado na indústria onde se insere, acentuada pela inexistência de concorrentes diretos a nível regional. Adicionalmente, e tendo em conta a sua dimensão atual, a empresa é reconhecida como um fornecedor de confiança por parte dos clientes, uma vez que estabelece um diálogo próximo e um constante feedback com os mesmos, indo ao encontro das necessidades destes clientes. Neste sentido, com a implementação do presente projeto, a Imprensa do Douro pretende consolidar a sua presença como referência nacional no setor da indústria gráfica, por via do investimento numa linha de produção completamente nova que permitirá incorporar princípios da indústria 4.0, interligando as várias fases do processo produtivo e reduzindo o desperdício de recursos verificados ao longo de todo este processo. A aposta na inovação produtiva assume assim um papel fulcral na estratégia da empresa, com o objetivo claro de desenvolver produtos disruptivos, de elevado valor acrescentado para o cliente, contribuindo desta forma para fomentar uma imagem cada vez mais moderna e inovadora da Imprensa do Douro. Nesta lógica evolutiva, e perante o crescimento da procura por este tipo de produtos, a Imprensa do Douro tem-se deparado com alguns constrangimentos que não lhe permitem dar resposta a clientes de maior dimensão e que, consequentemente, exigem uma maior capacidade e flexibilidade produtiva. Perante estas limitações e após um diagnóstico interno, a Imprensa do Douro identificou um conjunto de investimentos essenciais para otimizar o seu processo operacional e concretizar as principais linhas de orientação estratégicas de desenvolvimento da empresa. Assim, a empresa prevê aumentar substancialmente a sua capacidade instalada, promovendo inovações a três níveis: i. Inovação do processo, através da aposta em tecnologia produtiva de vanguarda, que permitirá ganhos de eficiência significativos quer ao nível produtivo quer ao nível dos recursos utilizados, sobretudo energéticos. Esta aposta passa pelo investimento em dois equipamentos que são transversais a várias fases do processo produtivo, nomeadamente a flexografia, o corte, a estampagem e o controlo de qualidade. ii. Inovação organizacional, uma vez que a empresa irá investir num sistema de gestão e controlo industrial (MIS/ERP), que permitirá a adoção de métodos de orçamentação, de controlo da produção e de monitorização da produtividade e de recursos, métodos esses que atualmente ainda são realizados de forma bastante manual e pouco eficiente. iii. Inovação de marketing, considerando que a empresa irá investir na criação de um website institucional, que irá ser complementada com a contratação de novos trabalhadores com funções comerciais. Desta forma, pretende-se fomentar a presença da empresa junto de novos potenciais clientes, quer através de contactos diretos realizados por estes novos técnicos comerciais, quer através da aposta em estratégias de marketing digital que, atualmente, é vista como essencial para atingir novos mercados. Globalmente, o investimento apresentado na presente candidatura tem como objetivo principal aumentar a eficiência global do processo produtivo da Imprensa do Douro, otimizando os recursos disponíveis e obtendo uma maior flexibilidade produtiva, o que se traduz numa maior capacidade de ajustamento às necessidades específicas dos clientes. O investimento em vista permitirá à Imprensa do Douro afirmar-se junto dos potenciais clientes de renome, em especial da indústria dos vinhos, dos queijos e dos enchidos, aproveitando o potencial e reputação das grandes empresas destas indústrias para alavancar a sua atividade quer a nível nacional quer a nível internacional.

A Quinta do Vallado - Sociedade Agrícola, Lda. (doravante designada «Quinta do Vallado», «Empresa» ou «Promotor») é uma empresa familiar que tem como principais atividades a produção e comercialização de vinho do Porto e vinho de mesa (DOC) da região do Douro e a oferta de serviços associados ao Enoturismo (possui 2 hotéis vínicos com capacidade total de 27 quartos). A Empresa detém e explora duas propriedades, a Quinta do Vallado, com uma área total de 73 ha, que ocupa ambas as margens do rio Corgo, perto da foz com o rio Douro e a Quinta do Orgal. A gestão da sociedade é classificada como rigorosa, idónea e com experiência, sendo gerida pelos primos João Ferreira Álvares Ribeiro - formado em Administração de Empresas pela University of Greenwich e, desde 2007, responsável pela Gestão Financeira da Quinta do Vallado - e Francisco Spratley Ferreira - formado em Engenharia Agrícola pela UTAD, responsável pela Gestão Agrícola e de toda a parte da produção desde 1997. Com origens que remontam a 1716, a Quinta do Vallado foi propriedade de D. Antónia Adelaide Ferreira, tendo-se mantido na família, atualmente na sua sexta geração. Constituída em 2002, com um capital social de 900 mil Euros, a Quinta do Vallado é uma Sociedade por Quotas que, ao longo dos anos, sofreu algumas alterações na sua estrutura acionista fruto das passagens de quota entre familiares. Atualmente, a sua gerência é constituída por João Álvares Ribeiro e Francisco Ferreira. A Quinta do Vallado apresenta duas áreas de negócio distintas: a produção e comercialização de vinhos e a prestação de serviços de Enoturismo. No âmbito do Enoturismo, a Empresa detém dois Wine Hotels localizados no Vale do Douro: - Quinta do Vallado: localizado no Peso da Régua, este hotel abriu portas em 2005 após a reconversão do interior da casa principal da propriedade, disponibilizando 5 quartos. Em 2012 foi construído, na mesma propriedade, um novo edifício, aumentando a capacidade de alojamento para 13 quartos. Mais recentemente, foi criado um novo estabelecimento de agroturismo, através da reconversão do armazém da Eira, um edifício existente na propriedade da Quinta, em 6 novas suites. - Casa do Rio: Em 2014, a Empresa apostou na diversificação da sua oferta de Enoturismo com a construção de um Wine Hotel na Quinta do Orgal em Vila Nova Foz Côa, adquirida em 2009, com capacidade para 8 quartos. A marca Quinta do Vallado é uma marca reconhecida no mercado nacional e também como uma boa expressão nos mercados internacionais (intensidade exportadora de 19% em 2022). Em temos de recursos humanos, a Quinta do Vallado tinha em 2022 cerca de uma centena de colaboradores, distribuídos pelas duas atividades principais da Empresa. No entanto, pese embora a Quinta do Vallado já tenha alguma experiência quer na área da Internacionalização quer na vertente do Enoturismo quer na produção e comercialização de vinhos, o bom desempenho que a Empresa tem apresentado nestes dois eixos tem sido, em grande parte, conseguido por via do aproveitamento das necessidades emergentes dos diversos mercados. Neste momento, a Quinta do Vallado sente que necessita de criar uma reestruturação do seu organigrama de funções, e com isso criar um departamento autónomo (o “Marketing”) e profissionalizar o departamento de Enoturismo. Deste modo, o presente projeto visa a criação de duas novas funções: - Responsável de Marketing: que vai ser responsável por liderar este novo departamento e, entre outras funções, desenvolver e implementar estratégias de marketing; apoiar na gestão da comunicação da Empresa; liderar o desenvolvimento da imagem de novos produtos e merchandising; apoiar na análise de dados de produção, vendas e resultados; participar em eventos e feiras de vinhos para promoção da marca. - Responsável de Enoturismo: que vai ser responsável pela gestão integral do Enoturismo na Quinta do Vallado, com responsabilidades no desenvolvimento e coordenação de programas de atividades em cada um dos estabelecimentos turísticos da Empresa; na gestão de equipas de guias turísticos; na colaboração com o departamento de marketing e de produção de forma a garantir uma integração adequada das experiências de enoturismo com a oferta de vinhos e a estratégia de marca; e na supervisão das operações diárias da loja; irá ser responsável também pelo desenvolvimento de um novo projeto de enoturismo. Prevê-se que estas contratações sejam já realizadas no ano de 2024, algo que demonstra a forte vontade e ambição de colocar este projeto em execução de forma célere e robusta. Além disso, a Quinta do Vallado considera que no seguimento do projeto de inovação recentemente concluído, dos projetos PDR 2020 que serão concluídos este ano, e dos novos projetos que a Empresa pretende levar a cabo num futuro próximo, este é o timing certo para proceder a estas contratações. Importa também acrescentar que informações adicionais sobre o perfil a contratar irão estar disponíveis no documento anexo à presente candidatura.